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domingo, 2 de maio de 2010

Professores Conectados

Reflexão sobre o texto "Professores Conectados" de Suzana Gutierrez

Acadêmica: Sarah kuhnen Lehmkuhl


No texto "professores conectados" de Suzana Gutierrez, é abordado o contexto do uso das tecnologias na educação nas escolas. As tecnologias como os equipamentos de áudio, vídeo e microcomputadores já vêm sendo usadas em algumas escolas e agora mais recente a biblioteca virtual. O mundo tecnológico veio facilitar as relações entre professores e alunos não se esquecendo de levar em conta seu meio histórico sócio cultural.

Muitas escolas já possuem computadores, outras comunidades esperam um dia conseguir ter acesso ao mundo virtual. Segundo GUTIERREZ, "...nesse sentido faz-se necessário refletir sobres as formas de ensinar e sobre a produção de materiais para uma educação comprometida com a superação das desigualdades, conflitos e contradições postas na sociedade, sem perder de vista a diversidade cultural. Por isso, é importante o aprofundamento das discussões sobre mudanças significativas, produzidas nas relações sociais, em cima das quais os indivíduos constroem sua objetividade, sua capacidade de organização e entendimento destas relações, sua visão de mundo e sua cidadania."

As escolas que vêm recebendo computadores se encontram frente as dificuldades do dia a dia. O trabalho do professor com o uso das NTIC - Novas Tecnologias de Informação e Comunicação deverá aumentar um pouco no começo, pelas mudanças que terão que incorporar para uma adaptação ao novo sistema. Esse processo pode se esclarecer com o tempo até que se possam perceber as suas vantagens como complemento de ensino.

Com o aperfeiçoamento, a tendência é a carga de trabalho ir diminuindo e os meios de ensino que antes utilizavam somente livros vêm sendo substituídas por meios digitais que poderão ser atualizados ou revisados constantemente.

O papel do professor é ensinar os alunos a se tornarem cidadãos críticos á realidade, e isso é possível se, de um mesmo assunto, os alunos puderem buscar várias fontes e comparar as idéias dos autores para tirar suas conclusões. Gutierrez diz, "desta forma, o uso das tecnologias na educação proporcionam novas relações de trabalho pedagógico que através da mediatização do professor oportuniza melhoria da qualidade social da educação". A educação tem como objetivo formar alunos capacitados a enfrentar o mundo do trabalho e ter visão para transformar um mundo melhor, e com isso pressupõem a incorporação das novas tecnologias como mediadoras instrumentais na construção da práxis pedagógicas. Isso implica numa postura não neutra ou política, de não fetichização da tecnologia, mas sim numa compreensão do seu processo, através da atividade de trabalho. Assim há probabilidade dos cidadãos estarem preparados para o mundo do trabalho não como máquinas, mas sim como homem, pois o ser se humaniza com o conhecimento. Conhecendo suas ferramentas e percebendo as facilidades qualquer ser pode se comunicar com o mundo sem sair do lugar. Isso tem grande importância para as experiências com diversas culturas dando espaços as diversidades e quebrando os pré-conceitos. Os cursos de pedagogia já podem preparar seus futuros professores para o meio tecnológico, estimulando a exploração desse mecanismo de várias formas.

O termo web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da world - wide, tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaborações dos internautas com sites e serviços virtuais. Informações podem ser trocadas entre escolas sendo ilimitado o uso das tecnologias que se desenvolve a cada momento. Não sabemos os limites e as possibilidades do que está sendo processado
nas redes, e ainda é extraordinário o mundo tecnológico no qual não à dominamos. Seguimos em frente neste processo onde parece ser infinito no qual não sabemos se um dia vai parar, ou o que pode nos causar. Somos cobaias desse processo.

sábado, 1 de maio de 2010

Professores Conectados.

Com o uso das tecnologias da informação e da comunicação (TIC), o professor irá diminuir a sua carga de trabalho, ele terá mais tempo de se organizar. A importância da tecnologia para o professor é a rapidez de informações a interação com os professores, alunos e até mesmo com os próprios pais dos alunos.
A TIC vai tem que estar presente na sala de aula, mediada pelo professor, para apresentar complementos às atividades desenvolvidas em sala de aula utilizando algum computador e softwares específicos para auxiliar as atividades de história, geografia, matemática, etc..., com isso o professor irá propor ao aluno um modelo diferente de aprendizado. Modelo que deverá ir de encontro ao universo que o aluno também participa no seu entretenimento, nos seus jogos e diversões ou até mesmo navegando pela internet. O aluno já está familiarizado, desde cedo com este universo, e isso ajuda muito. Os professores não precisam ter medo das tecnologias, pois ele não será substituído pelo computador, pois nenhuma maquina é capaz de transmitir carinho, afeto, dedicação aos seus alunos, mas aqueles professores que não acompanhar as tendências tecnológicas aí sim serão substituídos por outros.
Os desafios são muitos, a superação dos mesmos não é fácil, mas a educação deverá integrar-se a era da informação e do conhecimento onde os avanços tecnológicos são constantes.
Para que as TIC cheguem às escolas é preciso que o governo se mobilize, mas para isso os professores já terão que estarem preparados às mudanças. A informática educativa vem definir que a união da mesma com a educação é um elemento fundamental no processo de ensino-aprendizagem.
A Web 2.0 é um espaço interativo, onde possui blogs educacionais, sites de redes sociais, sites de busca, e outras formas de se integrar ao mundo.
Acreditamos que este método traga benefícios para o aprendizado de cada aluno e cada professor mostrando que há maneiras diferentes de aplicar o saber e o ensinar.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Professores Conectados

Reflexão sobre o texto "Professores Conectados" de Suzana Gutierrez

Acadêmico: Jeferson Hahn


A Principal função da TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) é auxiliar o Educador dentro e fora da sala de aula aproximando professor e aluno, dessa forma aumentando a aprendizagem e interesse dos estudantes pela escola. Mas para que isso seja possível o professor tem que se saber como usufruir dessa tecnologia, aplicá-la de forma correta, não usá-la apenas como uma ferramenta de pesquisa e digitação de trabalhos, e sim como interação social. Mas hoje em dia nas escolas temos uma grande falta de profissionais capacitados que apliquem de maneira correta o uso da TIC nas instituições escolares.

Estamos falando de interação social, aprendizagem, cultura, pois a “WEB 2.0” associada a sites de relacionamento, blogs, e-mails, agregação de conteúdo, nada mais é do que conhecermos o mundo com apenas um “click”, culturalmente, historicamente, socialmente. Muitos professores ainda não compreendem essa importância e facilidade, do uso da TIC, por simples falta de conhecimento ou de instrução. Toda essa tecnologia está a nosso favor basta saber aproveitar.

O que se entende é que nos dias atuais a “WEB 2.0”, está presente em quase tudo, em nosso cotidiano, é uma ferramenta que nos auxilia de diversas maneiras. A proposta acima é que a TIC auxilie e engrandeça a educação atual, mas que também os professores parem e pensem se realmente estão sabendo aplicar a TIC, se estão utilizando de maneira correta. A atual Educação brasileira ainda tem muito que mudar para que haja um total aproveitamento da TIC, implantar nas escolas, mas de uma forma que todos tenham acesso, e que não usem como mera ferramenta e sim que usem de forma adequada para melhoramento da educação.

sábado, 3 de abril de 2010

Professores Conectados

Reflexões sobre o texto "Professores Conectados" de Suzana Gutierrez

A Principal função da TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) é auxiliar o Educador, dentro e fora da sala de aula, aproximando professor e aluno, desde que o mesmo saiba de que forma usufruir dessa facilidade. Todo e qualquer trabalho realizado por auxilio da TIC, destinado á educação, é de alguma forma um trabalho pedagógico, mas que infelizmente é pouco valorizado e utilizado, os recursos disponibilizados ao professor pelo governo, para seu aperfeiçoamento ou aprendizagem em relação a TIC, é precário ou quase nulo, o mesmo acaba que por procurar outros meios para se informatizar, entre eles cursos técnicos, e profissionalizantes.

Estamos falando de interação social, aprendizagem, cultura, pois a “web 2.0”, associada a sites, blog’s, sites de relacionamentos, agregação de conteúdo, nada mais é do que uma forma de conhecermos o mundo, culturalmente, historicamente, socialmente, com apenas um “click”, muitos professores ainda não compreendem essa importância, facilidade, do uso da TIC, por simples falta de conhecimento e de instrução da mesma, e toda essa globalização está a nosso favor se soubermos a forma correta de utiliza-la, pois ao mesmo tempo que ela traz benefícios também pode ser utilizado com fins maléficos e prejudiciais a educação.

O que se entende é que nos dias atuais a “web 2.0”, está presente em quase tudo, em nosso cotidiano, é uma ferramenta que nos auxilia de diversas maneiras, e a proposta acima é que a TIC auxilie e engrandeça a educação atual.

terça-feira, 30 de março de 2010

Análise do texto "professores conectados" de Suzana Gutierrez

Ana Carolina Reis Morgado

Scheila F. Monteiro

Tatiana do Nascimento


O texto de Suzana Gutierrez é um convite à reflexão sobre as práticas de ensino, exigindo dos professores ferramentas para alcançarem o mundo em que cada aluno está inserido, considerando a ascensão das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação). Para que o educador conviva e aprenda com as diversas mudanças de seus alunos e da própria escola. Sentindo a necessidade e possuindo facilidade de fazer uso das TIC, os professores, segundo Gutierrez, integram a rede em busca de conhecimentos reflexivos universais, quebrando barreiras de preconceitos educacionais.

Questiona também, sobre o uso das TIC como facilitar ou não do trabalho do professor, proporcionando um maior esclarecimento de suas dúvidas e de seus educandos, tendo como questionamento aberto e globalizado para sua melhor (auto) avaliação, caso o educador se aproprie deste conhecimento.

Mesmo que a inserção das TIC na educação seja deficiente, que muitas às vezes não suprem as necessidades exigidas da escola, o profissional da educação precisa assumir um papel desbravador, atualizador e controlador apto dessa ferramenta tecnológica.

A autora cita diversos nomes deste mundo virtual que utilizaram a internet de maneira extraordinária e ilimitada de conhecimentos, nos arremetendo às questões reflexivas do uso das TIC, revelando diversos papéis que o educador deve assumir em relação à sua instrumentalização, para uma prática pedagógica consciente e direcionada para o seu melhor uso.

Considerando que as tecnologias surgem a cada momento, com suas questões contraditórias, cabe a cada professor refletir se utilizará ou não de seus recursos educacionais para acompanhar as mudanças e não ignorá-las.

Professores Conectados

Reflexões sobre o texto "Professores Conectados" de Suzana Gutierrez

Gabriela Soares, Gilberto Silva, Katrine Lorenceti, Thayse Vieira e Vivian Critina Schlemper.




Com o avanço das tecnologias no mundo, passa ser de extrema importância o estudo e o uso das mesmas no nosso dia a dia, em nossos trabalhos, nas escolas auxiliando os professores na elaboração das aulas, no melhor domínio da matéria, na busca de novos métodos de ensino, na comunicação com os pais e sempre buscando maior atualização, assim como também auxilia o melhor aprendizado dos alunos, facilitando a busca de novos conhecimentos, ampliando seu vocabulário entre outras coisas.

Tendo em vista que essas tecnologias são muito recentes no nosso dia a dia, ainda não temos professores totalmente capacitados para usufruir de todas as vantagens que as TIC (Tecnologia de Informação e comunicação), podem nos proporcionar. Quando falamos em tecnologias, falamos também da internet ( WEB 2.0), que é um meio de comunicação, através de blogs, sites de relacionamentos, pesquisas avançadas, comunicação com todo o mundo a qualquer hora em questão de segundos, com postagens fácil e rápida, com dowloads rápidos de programas e conteúdos.

Com o uso adequado, a TIC pode ser muito útil e prática no cotidiano escolar, agilizando as atividades de professores, e também dos alunos, podendo torna as aulas mais atrativas, praticas, claro que com o domínio dos professores, porem ainda à muitos na educação que vêm ainda de forma que possa a vir a aumentar a carga horária da sua rotinase atrapalhando em alguns sentidos, se formos analisar a internet usada na comunicação com os pais, pode vir a deixar os pais, mais distante da vida escolar dos filhos e mais ausente do ambiente escolar.

Por isso que temos que ter professores com total domínio de todas as novas tecnologias, para que seja usada com moderação, consciência e em prol da educação, visando ajudar e melhorar o ensino, trazendo novos métodos para as salas de aula. Pois cada vez mais as TIC torna-se uma ferramenta indispensável no mundo em que vivemos.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Professores Conectados

Reflexões sobre o texto "Professores Conectados" de Suzana Gutierrez

No mundo atual em que a velocidade da tecnologia das informações que nos chegam de maneira quase que instantânea todos nós temos que nos adaptarmos a ela. Procurando conhece-la e nos capacitarmos para entende-las. Os Professores e os futuros tem que compreender esse mecanismo fazendo com que ele se torne uma ferramenta a mais no aprendizado. Nas condições atuais o Professor tem que se superar na busca do conhecimento de forma que a tecnologia existente e a que está chegando a todo instante o aproxime do aluno nessa relação social que é a escola e o saber.
Não tendo medo do novo, mas sim se aprimorando com ele, usando a tecnologia em sala para aproximar o aluno com a realidade que ele vive. A Internet e outras formas de tecnologia (WEB 2.0) não substitui o Professor ao ponto que ela é uma ferramenta de abertura de novos caminhos para o aprendizado.
O Professor deve ser uma ponte de conhecimento entre o aluno e a máquina, tornando o educando, mais humano e capaz de enxergar o mundo a sua volta. Contribuindo junto com os pais e a sociedade, a formar um cidadão melhor e consciente de seu papel para construção de um futuro mais justo.
Acadêmico de Pedagogia Segunda Fase, Gustavo Priori.

terça-feira, 16 de março de 2010

texto da professora Suzana Gutierrez - "Professores Conectados"

Ola pessoal,

Segue o texto da professora Suzana Gutierrez - "Professores Conectados" para análise e reflexão
Tentem responder as questões inseridas no texto redigindo um texto acadêmico, organizado e claro sobe os questionamentos.

http://tecnologiasnaeducacao.pro.br/revista/a1n1/pal7.pdf


Professores conectados
Suzana Gutierrez [1]
Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha
entre isto e aquilo. [2]

Respondendo ao convite para uma palestra sobre a formação e o trabalho do professor e as tecnologias da informação e da comunicação (TIC), inicialmente pensei fazer uma breve retrospectiva histórica da formação (ou da não formação) do professor e trazer ao campo de diálogo o advento das tecnologias informatizadas e suas influências na formação e no trabalho do professor.
Todavia, decidi por convidar os leitores à reflexão sobre alguns pontos específicos deste contexto, trazendo questões que possam motivar o nosso debate e dando espaço para emergência dos temas que mais desafiem a nossa prática social de educadores.
Vivemos num mundo complexo, no qual os mercados e as catástrofes não reconhecem fronteiras, um mundo que nos avisa de que, em cada passo dado, relações se modificam e equilíbrios se alteram.
Nas últimas décadas, mais precisamente após os anos 70, o mundo passou por transformações nas quais a tecnologia e, em especial as tecnologias da informação e da comunicação, deram suporte ao processo acelerado de globalização capitalista e à reorganização do capital, por meio da divisão internacional do trabalho.
Mudanças significativas na forma e no conteúdo do trabalho fazem com que novas habilidades e conhecimentos sejam exigidos dos trabalhadores e determinam novas formas de organizar estes conhecimentos e habilidades. A formação exigida é a que se adapta às exigências da produção que, por sua vez, cada vez mais se organiza de forma a afastar o trabalhador do conhecimento e domínio do processo
de produção.
Neste contexto, a educação passa a operar subordinada aos interesses dos mercados, em formações precárias para efêmeros postos de trabalho, em cursos de mera certificação, com sérias implicações na educação e, especificamente, na formação e no trabalho dos professores.
Estes, acossados por um processo de progressiva intensificação no ritmo e na quantidade de trabalho, são convocados à:
• conviver com as assimetrias entre o desenvolvimento de novas formas de aprender e de lidar com a informação e o conhecimento e a inércia das estruturas educacionais;
• lidar com as contradições entre as transformações que propõem abordagens inter e transdisciplinares e os currículos disciplinares;
• contribuir na formação dos alunos com valores solidários, éticos e de compreensão crítica da realidade e, ao mesmo tempo, armá-los para enfrentar o mercado competitivo;
• dar conta de sua própria formação numa sociedade que lhe exige cada vez mais capacitação sem lhe proporcionar os meios;
• ser um desbravador de caminhos desconhecidos (as TIC?), avaliador competente das possibilidades e alternativas que estes possam trazer;
• assumir decisões diante de um futuro que se funda no presente e não mais no passado.
Ser um educador é fazer parte de uma profissão que congrega um conjunto específico de conhecimentos e práticas, que são históricos e, portanto, não são imutáveis e nem fixos, são movimento de contínua construção. Porém, estes conhecimentos e práticas também não são descartáveis e superficiais, pelo
contrário, formam a base sobre a qual o novo se desenvolve.

É neste contexto que as TIC adentram a cena e são parte tanto da intensificação e alteração nos processos de trabalho do professor, quanto mobilizadoras de novas formas de aprender, de conviver e de construir
conhecimento.
No Brasil, a partir e 1981 com o I Seminário Nacional de Informática na Educação, aconteceram diversas ações e políticas de formação de professores para o uso das TIC. Como em todos os programas e projetos, que são de governo e não de Estado, a intermitência dos recursos compromete ou mesmo interrompe os
processos. Assim, as metas propostas dificilmente se cumprem ou existe a quebra num determinado ponto das ações que impedem que os objetivos principais sejam alcançados. Contudo, apesar da lentidão e da inoperância das políticas públicas de formação de professores para o uso das TIC, por seus próprios ou por outros meios, os professores e professoras brasileiros estão cada vez mais presentes na rede. Com o estímulo das formações realizadas e pela diminuição nos custos de aquisição dos computadores e, também, com a proliferação de cursos de graduação à distância realizados majoritariamente com o uso da internet, o número de professores que acessam e habitam a rede vem aumentando. Estes professores, a partir de seus contatos na escola e das relações travadas nos cursos e formações on-line, interagem em listas de discussão, em ambientes de aprendizagem e, aos poucos, começam a integrar a rede de uma forma mais abrangente, com seus sítios e blogs pessoais. Nestes ambientes, o alcance das relações se expande e surgem projetos
unindo professores e alunos de escolas diferentes, de diversos lugares do Brasil e, até, de diversos países. A riqueza de alguns destes trabalhos, além de conquistar prêmios para seus idealizadores e desenvolvedores, é fator de motivação para os colegas e faz com que as escolas comecem a prestar a atenção nesta parte da
educação que foge de suas salas e prédios.
Aparece a contradição entre a admiração pela possibilidade de destaque da escola e o medo de perder o controle sobre os processos educativos. Onde o medo prevalece, estas ações dos professores e professoras são cerceadas, principalmente onde este temor se soma à insegurança de colegas que se sentem
ameaçados com formas de trabalhar que eles não dominam. As tecnologias atravessam as paredes da sala de aula e balançam a estrutura da escola; professores e professoras não sabem bem como lidar com isso e, na maioria dos casos, não têm condições de trabalho e vida que possam dar suporte a este desafio que veio aumentar às suas já imensas atribuições. Por isso, entre outras coisas, um grande número de professores não consegue desenvolver uma base de conhecimentos e vivências para avaliar com consistência e coerência e se posicionar em relação ao uso ou não das TIC no contexto educacional.
Em muitos casos, as TIC chegam à escola, não como fruto da demanda dos projetos de professores e alunos e, sim, como uma inovação trazida pelos treinamentos que acompanham uma opção tecnológica feita fora da escola. Os resultados disso são os laboratórios fechados, tornados obsoletos antes de serem utilizados, equipamentos mal utilizados, desviados da função educacional, privatização do acesso, prevalência de atividades e usos puramente instrumentais, computadores transformados em máquinas de escrever ou de entretenimento.
Assim, além dos professores engajados nos poucos projetos que provém do estudo cuidadoso, das práticas que surgem do trabalho com os alunos, encontramos majoritariamente aqueles professores que seguem de forma acrítica as propostas determinadas fora da escola ou da sala de aula ou refugiam-se na negação pura e simples.
Antes de condenar a cautela, ou mesmo a resistência, das “arcaicas estruturas educacionais” convém perguntar algumas coisas.
O uso das TIC diminui ou aumenta a carga de trabalho do professor? Qual o papel e a ação do professor neste processo? Ler e responder mensagens de alunos e pais por correio eletrônico, ler e comentar trabalhos postados em blogs, participar de fóruns on-line, preencher documentos e formulários de sistemas de gerenciamento informatizados da escola são considerados atividades pedagógicas e é previsto tempo para isso dentro da carga-horária do professor?
É possibilitada e em que termos a formação do professor para exercer as atividades anteriormente citadas?

Penso que para que a participação na escolha de caminhos no âmbito da inserção das TIC na educação e no trabalho do professor possa ser assumida ou para que possa haver uma efetiva contraposição em relação à imposição de opções tecnológicas e à implantação de determinados projetos de utilização da tecnologia, é
necessário que os educadores se apropriem do conhecimento que lhes permita compreender estas diversas opções e suas implicações. (GUTIERREZ, 2004)
Quando vemos professores maravilhados com as possibilidades da chamada web 2.0, à qual associam blogs, wikis, agregação de conteúdo, objetos de aprendizagem, sites de redes sociais e outras tecnologias que possibilitam a interação, convém perguntar:
De quê tecnologia estamos falando?
Que concepção de tecnologia (TIC) tem o professor?
Alex Primo (2007) explica que a web 2.0 é a segunda geração de serviços online, caracterizada pela predominância de formas de publicação e por ampliar os espaços interativos. Não somente um conjunto de técnicas informáticas, mas, também, um novo período tecnológico que se traduz em novas estratégias
mercadológicas e de comunicação mediada pelo computador.
Para O’Reilly, que cunhou o termo, a web 2.0 é definida como revolução dos negócios da indústria de computadores, potencializada pelo uso da internet como plataforma. Esta ênfase nos negócios que atrela as demais possibilidades à este contexto tem que ser considerada quando propomos projetos, usamos serviços ou atrelamos práticas educativas ao conceito “web 2.0”.
Tim Berners Lee aponta que “web 2.0” é apenas um jargão. Com a sua autoridade de criador da web, ele explica que o que estão chamando “web 1.0”, ou seja, a web, sempre foi um espaço interativo. Na realidade, falar em web 2.0 significa usar os padrões já criados pelos desenvolvedores da chamada web 1.0
(BERNERS-LEE, 2006, on-line). Então:
O que é mesmo web 2.0, um novo paradigma da internet ou uma revolução nos negócios na internet?
Quando usamos ou aplicamos processos e tecnologias, estamos compreendendo os limites e as possibilidades do que está dado naquele processo ou tecnologia? Procuramos ir além e, como Paulo Freire, perguntar em favor de quê e quem, contra quê ou quem, estamos realizando este trabalho e usando esta ou
aquela tecnologia?
Muitos professores vêem neste processo de inserção das TIC a substituição do trabalho do educador, principalmente quando a educação toma o rumo de uma instrumentalização para as exigências de mercado. Outros acolhem este processo como potencializador de sua ação, como valorização mesmo de seu trabalho como educador, quando pensam uma educação que seja formação para a vida e para a cidadania. Outros, ainda, não pensam sobre o assunto e se limitam a seguir sem muitas alterações as práticas que aprenderam na sua formação inicial.
Estas posições contraditórias inserem-se num contexto onde o desenvolvimento tecnológico ou segue a lógica do capital num progressivo movimento de elitização do acesso, de privatização dos meios, de mercantilização do conhecimento, de crescimento da competição e expansão de uma globalização neoliberal; ou reforça os mecanismos de resistência que encontram formas de expressão dentro da própria tecnologia, nas suas possibilidades de opção porplataformas e aplicativos de código aberto, por formas de trabalho colaborativas e/ou cooperativas, pela pesquisa aberta e pela socialização do conhecimento. (GUTIERREZ, 2004, p. 99)
O fenômeno da inserção das TIC na formação e no trabalho do professor apresenta muitas tendências contraditórias, considerando a totalidade do contexto de inserção social das TIC. Em relação ao conhecimento, as TIC podem representar tanto a possibilidade de emancipação quanto a de exploração, se elas forem o meio de livre acesso a informação e ao conhecimento ou, na segunda hipótese, forem
uma possibilidade de regulação, pela manipulação do acesso à informação e ao conhecimento. (GUTIERREZ, 2004)
Em relação aos espaços de vida as TIC potencializam a valorização da comunidade, do local e, ao mesmo tempo, favorecem o avanço de uma globalização hegemônica calcada no neoliberalismo. Possibilitam o crescimento da autoria e da autonomia, pela construção conjunta e o compartilhamento da informação e do
conhecimento. Porém, onde se mantém o fechamento e a opção pela propriedade do conhecimento e da informação, as TIC podem colaborar no incremento de uma posição apenas consumidora, de dependência no conhecimento e na tecnologia.
Os professores que estão acessando este texto podem, agora, pensar a realidade de sua ação, projetos e presença nas redes sociais on-line as quais pertencem e comparar com a realidade de seu trabalho na escola, na rede social presencial que compõem com seus colegas de escola.
Quais os pontos comuns? Quais as diferenças? Como é a intersecção entre estas duas redes? Quê contradições é possível apontar nos processos de inserção das TIC no trabalho dos professores?
A escola, a educação e os professores fazem parte de um contexto onde as redes sócio-técnicas, em especial a internet, é parte do cotidiano. Assim, é preciso que, como educadores, nos ocupemos em conhecer e compreender as implicações que estas redes e os processos que elas possibilitam poderão ter na nossa
formação e trabalho e na educação em geral. E que, partindo das palavras de Paulo Freire que iniciam este texto, comecemos já esta reflexão. Este é o meu desafio.

Notas
[1] Professora, mestre em educação, doutoranda em educação pela UFRGS.
[2] (FREIRE, 2002, p.102)

Referências
BERNERS-LEE, Tim. developerWorks Interviews. Armonk, New York: IBM, 28 jul 2006. Entrevista concedida à Scott Laningham.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 25ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002 (a). 165 p.
GUTIERREZ, Suzana. Mapeando caminhos de autoria e autonomia: a inserção das tecnologias educacionais informatizadas no trabalho de professores que cooperam em comunidades de pesquisadores. Porto Alegre: UFRGS, 2004.
Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004. 233p.
GUTIERREZ, Suzana. As redes sociais de professores: presença on-line marcada pelo blog pessoal. Porto Alegre: UFRGS, 2008. Projeto de tese (doutorado). Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. (não publicado)
HARVEY, David. Condição pós-moderna. 10 ed. São Paulo: Loyola, 2001. 349p.
O’ REILLY, Tim. Web 2.0 Compact Definition: Trying Again. Sebastopol, O’Reilly
Radar (weblog), 2006. Disponível em . Acesso em 21 mar 2008.
PRIMO, Alex . O aspecto relacional das interações na Web 2.0. E- Compós.